O site HT Twins, administrado por Cary e Michael Huang, criou um aplicativo que mostra as escalas do universo.
Usando a barra de rolagem para ampliar ou diminuir o zoom, você passeia pelas diversas “escalas” de tamanho (em metros) das mais variadas coisas do universo – das menores, como o comprimento de Planck (um espaço de 1,6 × 10^-35 metros, correspondente à distância que a luz percorre no vácuo durante um tempo de Planck), a espuma quântica(que forma o tecido do universo) e a corda (elemento da teoria das cordas, modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda), na escala de 10^−35, às maiores, como o universo observável inteiro, na escala de 10^27.
Os primeiros elementos da escala possuem comprimentos que ainda não podem ser confirmados.
Começando os três elementos citados acima, com o comprimento de 0,0000000001yoctômetros, até chegar a prótons e nêutrons (com 10^−15 ou 0,000000000000001 metros), que têm comprimentos que podem ser confirmados, a escala apresenta partículas medidas em yoctômetros – uma medida ainda não utilizável (1 ym = 10^−24 metros), já que os métodos de observação atuais não alcançam distâncias tão pequenas.
Aumentando de tamanho, podemos chegar até a escala de 10^−10, que exibe átomos de hidrogênio e hélio, as menores coisas visíveis em um microscópio eletrônico. A 10^−6, partimos para as coisas que podem ser vistas por um microscópio óptico (maiores do que 200 nanômetros), como o mimivirus, um vírus de 400 nanômetros descoberto em uma ameba em 1992.
A partir dos 100 micrômetros, ou 10^−4, aparecem os menores objetos visíveis a olho nu, como a largura do cabelo humano, e o óvulo (a maior célula presente no corpo humano).
O milímetro, a partir de 10^−3, engloba as maiores bactérias, grãos de areia e de sal. Na altura do metro, as coisas ficam mais “a nossa altura”: entram os seres humanos, os girassóis e animais maiores, como minhocas gigantes (3 metros), caranguejo-aranha-gigante (3 metros), o elefante (5 metros) e a girafa (6 metros).
Chegando a 10², começamos a ter que olhar para cima – Estátua da Liberdade (93 metros), arvore Sequoia (100 metros), Torre Eiffel (320 metros) – e para os lados – Titanic (270 metros), Pirâmide de Gizé (150 metros).
Na escala do quilômetro (10³), entram o Central Park (4 km) e o Grande Colisor de Hádrons (8,6 km). A Hidra, uma das luas de Plutão, tem 100 km, um pouco menor que Brunei, que tem 120, e é um país do sudeste asiático.
A região do megametro – ou 10^6 – compreende a Califórnia (1.200 km) e a Itália (1.100 km). Mais para frente, temos Plutão (2.300 km). Em seguida, aparecem os planetas maiores. A Terra possui 12.700 km – pequena perto de Netuno (49.000 km), por sua vez pequeno diante de Saturno (120.000 km), que é minúsculo ao lado do sol (1.400.000 km).
Perto da escala do petametro (10^15), encontramos a Nebulosa Stingray, ou Nebulosa da Raia, uma nebulosa planetária de 800.000.000.000 km (8x 10^14).
É muito interessante a maneira como as escalas se misturam – é curioso ver o tamanho de satélites, como as luas dos planetas, perto do tamanho de países ou continentes.
Você ainda pode conferir o tamanho e a distância de diversas galáxias, as distâncias da Terra à lua, ao sol, a distância de Voyager 1 da Terra (sonda que voou mais longe do planeta até agora), bem como comparar a Via Láctea (120.000 anos-luz de distância, 1,2 x 10^21 metros) às suas vizinhas, como as galáxias Andrômeda e Cata-vento.
Ainda mais encantador é o fato de que a escala está disponível em várias línguas (algumas traduções não estão completas, mas a versão em português é boa), e que, clicando nos objetos, você pode aprender mais sobre eles, além do seu tamanho no mundo. Tão bom quanto uma aula de ciência!
Clique aqui para conferir a Escala do Universo. Escolha português (ou outra língua, se preferir) e clique em “Começar”. Dá para tirar o som, se quiser – é só clicar no ícone com a cifra musical. Bom divertimento!